sábado, 11 de agosto de 2012

Adaptação a vida a dois

Como estou me sentindo sufocada!!! Nas férias que passaram rápido demais não fiz praticamente nada, só salvou que minha irmã veio me visitar - minha primeira visita!!!
Voltei a trabalhar e fiquei por 2 semanas trabalhando o dia todo, aliás dia só não, dia e noite. Das 8 as 5 na escola e das 6 até ir dormir em casa. Peguei semana dos pais tinha muita coisa para fazer, coisas cheias de pequenas detalhes que só a educação infantil tem e que com as quais não estou habituada, mas como sou o tipo de pessoa que não admite fazer errado me matei para entregar tudo certo e consegui, a duras penas mas consegui. Também tinha o trabalho aqui em casa. tinha 3 cachorros - tinha porque minha amiguinha Gisel morreu essa semana coitadinha - para ajudarem na bagunça, mas os maiores culpados são minha filha e meu marido.
Por tocar nesse assunto está difícil!!! Fico a maior parte do tempo calada pois já percebi que não posso ser quem sou, nem manifestar minha opinião acaba em discussão, o que tem que prevalecer é a opinião dele e pronto. Isso está me angustiando. Sei que não é o certo, mas já tenho tantas coisas para me preocupar com essa vida nova, que não quero viver um inferno de brigas em casa, então me calo, e percebo que pra ele estou fazendo o certo não importa o quanto eu esteja infeliz. Além desse gênio do cão egoísta do meu marido tem as tarefas de casa que quadriplicaram, a casa agora é muito maior não fica organizada de jeito algum. Meu marido é um bagunceiro nada que tira do lugar ele guarda nem mesmo o chinelo que tira. Até melhorou um pouquinho desde que nos mudamos mas o mínimo. Na cozinha ele reclama de praticamente tudo que faço, em quase 2 meses só o ouvi dizendo que estava bom 1 vez. Não posso usar sal porque ele tem pressão alta, porém ele come churrasco e toma cerveja como se fosse a última vez quase todo dia, não posso usar alho porque fica forte, não posso usar caldo pronto porque tem muito sódio, não é para usar bacon, calabresa, salsicha e presunto porque ele quer comidas mais simples e menos embutidos, o que sobra? Já tentei explicar a ele que faz 6 meses que operei o estômago e que agora as coisas não me despertam o apetite preciso usar alguns temperos para ver se consigo comer, mas não adianta ELE não quer, um exemplo simples: Amo alface americana, ele diz que odeia alface, eu odeio rúcula, mas faço salada de rúcula quase que diariamente para ele, um dia que resolvi lavar alface com tomate ele até comeu mas primeiro reclamou e perguntou se eu não podia ter colocado um pouco de rúcula para ele. Aff eu to a ponto de explodir com tanto egocentrismo. Estou me calando a cada dia mais e vivendo um inferno dentro da minha casa, aqui me sinto a governanta e a babá mais nada. Em quase dois meses morando juntos acabaram as demonstrações de carinho e o que ele acha que é demonstração de carinho para mim não é.
Já tentei falar com ele algumas vezes mas segundo ele eu não sei me expressar e ele diz não entender.
Eu já fui casada e sei que a adaptação é difícil mas confesso que está quase impossível, pois além de eu me anular desse jeito ele ainda vive reclamando. Chega em casa dizendo que está estressado do trabalho e é grosso e mal educado comigo, as vezes quando faço algum comentário ele responde com grito e independe se existem pessoas perto de nós ou não.
No meu trabalho não me sinto feliz. As coisas estão melhores que no comecinho mas ainda sinto muita diferença, parece que estou sempre pisando em ovos. Percebi que a gosseria é um ponto forte nas pessoas dessa cidade, ou eu que sou muito melindrosa?
Sei que também estou num momento delicado, mas estou tentando me adaptar, evito as brigas e discussões, ouço os desabafos, ouço os desaforos e espero que isso seja só uma fase de adaptação porém estou com medo disso tudo se tornar rotina, pois ele demonstra estar agindo normalmente. Esse começo de vida nova está sendo difícil, não me sinto feliz como deveria sentir, e me sinto culpada por isso.

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